O dispositivo para autocoleta Coari permite que a própria paciente faça a coleta da amostra no canal vaginal para o diagnóstico molecular de infecções por patógenos como o Papilomavírus Humano (HPV) e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST’s).
O diagnóstico molecular permite uma interpretação objetiva e mais sensível do exame, possibilitando, por exemplo, a identificação precoce dos tipos de alto risco oncogênicos do HPV, mesmo sem lesões aparentes.
O câncer de colo de útero é o terceiro tumor mais frequente na população feminina brasileira e a quarta causa de mortes por neoplasias. Na maioria dos casos (99,7%) está associado à infecção persistente por tipos oncogênicos do Papilomavírus Humano (HPV) – um dos vírus mais comuns de infecção sexualmente transmissível (INCA, 2022). Embora possa ser diagnosticado precocemente e com eficácia através do exame Papanicolaou, o rastramento do câncer de colo do útero enfrenta diversas barreiras sociais que afetam o acesso ao exame. Para isso, a Organização Mundial de Saúde recomenda o exame molecular para a detecção primária do HPV, também conhecido como teste de HPV-DNA.
O diagnóstico molecular possui maior precisão por ser um método de alto desempenho, portanto, indicado como estratégia global principal, para eliminar o câncer do colo uterino da lista de problemas de saúde pública até 2030.
A recomendação também reforça o papel da autocoleta para o exame do HPV. Simples, com alta adesão e mais custo-efetivo, segundo a OMS, o método amplia o acesso a prevenção, auxiliando no diagnóstico precoce e garantindo o tratamento em tempo oportuno para as Neoplasias Intraepiteliais Cervicais (NICs) que, se não tratadas, podem levar ao câncer de colo do útero.
O diagnóstico tardio é uma das principais causas para a alta taxa de mortalidade.
Aspectos socioculturais afetam diretamente o acesso ao exame, impactando no diagnóstico e no tratamento.
A detecção em estágio inicial possibilita um tratamento mais barato, menos mutilador e com altas chances de cura.
Nova abordagem de rastreamento, busca alcançar até 2030, 70% das mulheres examinadas antes dos 35 anos e, novamente, antes dos 45 anos, por meio da autocoleta para testes de alta precisão, como o exame HPV-DNA.