Menos invasiva e onerosa, biópsia com Cânula qualifica diagnósticos de câncer de corpo de útero
Sangramentos uterinos anormais, no climatério ou na menopausa, precisam de uma avaliação endometrial para descarte de malignidade
Por: Ana C. R. Ferreira – Enfermeira e Gerente de Produto do Grupo Kolplast
A incidência de câncer de corpo de útero vem aumentando a cada ano entre as mulheres de 60 e 70 anos. E assim como os demais cânceres, o diagnóstico precoce e assertivo influencia diretamente no sucesso do tratamento, por isso, é necessário estar atento aos sinais do organismo.
Um dos principais sintomas são os sangramentos uterinos anormais (SUA), que ocorrem em 60% a 70% dos casos durante o climatério (período de transição da fase reprodutiva para a fase de pós-menopausa) e durante a própria menopausa. Pacientes com SUA também podem apresentar alterações estruturais como adenomioses, leiomiomas, pólipos, hiperplasias e carninomas endometriais. E para algumas destas ocorrências, é necessária uma avaliação endometrial para descarte de malignidade ou diagnóstico definitivo.
Para um diagnóstico menos invasivo e eficiente, a biópsia endometrial vem mostrando bons resultados. Um procedimento simples, sem a necessidade de anestesia e com eficiência já comprovada na investigação da infertilidade. Para tanto, o emprego da Cânula de Biópsia Endometrial Descartável Kolplast, em ambiente de consultório, se mostra imprescindível e confiável com índices de assertividade histológica muito significativos.
O instrumento da marca Kolplast, é atualmente, o padrão ouro quando se pensa em prevenção (screening), pois tem baixo custo e aplicação extremamente simples. Além disso, existe uma grande diferença de complexidade quando comparada a Histeroscopia diagnóstica. A Histeroscopia demanda tecnologia de ponta, óptica de alta resolução, cabo de fibra óptica, fonte de luz LED, esterilização de todo esse arsenal, profissional altamente habilitado e ainda local adequado – centro cirúrgico ambulatorial. A Cânula de Biópsia de endométrio é uma cânula descartável, demanda sala básica de exame ginecológico e instrumental mínimo de uso rotineiro em ginecologia. Não demanda grande treinamento e pode ser realizado por ginecologista geral ou por qualquer médico que saiba fazer um exame especular, por exemplo, médicos de unidades básicas de saúde da medicina de família.
Saiba mais:
O que é o endométrio?
O endométrio é o tecido que reveste as paredes internas do útero. Ele sofre alterações de acordo com estímulos hormonais, o que afeta sua espessura durante o ciclo menstrual. A descamação do endométrio resulta na menstruação. Ao fim do sangramento menstrual, o endométrio inicia novamente o processo de crescimento, até alcançar o pico e, por fim, descamar novamente. Desta forma, há o início e o término dos ciclos menstruais.
Uma das funções do endométrio é receber a implantação do embrião no estágio inicial da gravidez. Posteriormente, durante a gestação, é o local onde ocorre o desenvolvimento da placenta.
Quando a biópsia de endométrio é indicada?
A biópsia de endométrio é indicada para investigação anátomo-patológica das condições de higidez do endométrio e são várias as condições clínicas/sintomas que recomendam o procedimento.
O que é uma biópsia?
A palavra biópsia deriva do grego “bio=vida” e “opsis=visão” ou seja, é o exame do tecido vivo. Retira-se cirurgicamente um fragmento desse tecido que é submetido à análise microscópica. É um pequeno procedimento cirúrgico, embora, em alguns casos (ex. biópsia de próstata) exija a estadia no hospital por algumas horas e emprego de assistência de anestesia, mas no geral costuma ser breve e não requer internação.
A biópsia do endométrio é um exame que identifica mudanças intrauterinas, ou seja, ocorridas no interior do útero. Entre essas alterações, o exame pode notar a presença de sangramentos e/ou presença de células anormais, diagnosticando casos que podem comprometer a fertilidade feminina, o desenvolvimento do câncer ou outras alterações.